terça-feira, 12 de julho de 2011


CANTINHO DA MÚSICA


OS IMORTAIS JOHANN

Os meus leitores e amigos sabem muito bem que, em música, minha área é a MPB. Gosto também dos clássicos, porém a pesquisa na música popular parece-me mais vibrante e exerce maior fascínio. Entretanto, vou fugir do padrão e, atendendo a pedidos, vou falar sobre dois grandes compositores imortais, que são Strauss e Bach, ambos batizados como Johann, que traduzido para a nossa língua é o conhecido João.

JOHANN SEBASTIAN BACH : Nascido em 21 de março de 1685 na região central da Alemanha, filho de um professor de violino e viola e com quem aprendeu os rudimentos da música. Por ter perdidos os pais ainda muito cedo, foi criado por seu irmão mais velho que era organista na igreja de São Miguel e com quem aprendeu os primeiros acordes no órgão e cravo. Aos 15 anos de idade, já então residindo em Luneburg, ganhava a vida como cantor, apresentando-se nos corais Mattenchor e Chorus Symphoniacus. Sua vocação, entretanto, era compor e quando a voz sofreu as mudanças típicas do adolescente, parou de cantar e dedicou-se aos instrumentos musicais, compondo obras imortais como os "Concertos Brandemburgueses" as quatro "Suítes" e as famosas "Sonatas". Sua vida profissional sempre instável, com ascensão e declínios constantes, mas sempre sem conseguir o reconhecimento do público, sendo admirado por alguns e tachado de medíocre por outros. Bach faleceu em 28 de julho de 1750, sem ter conhecido o sucesso enquanto vivo. A obra de Bach, brilhante e genial, só alcançou seu devido valor na segunda metade do século XIX

JOHANN STRAUSS JUNIOR : Nascido em 25 de outubro de 1825 em Viena, em uma tradicional família de músicos, cujo pai já conhecia a fama e a glória na Europa, por ter sido um dos criadores da valsa. Devido as aventuras extraconjugais do velho maestro Strauss, a família rompeu-se precocemente, ficando os filhos sob a guarda da mãe. Por tal motivo nada de música aprendeu o jovem Strauss com o pai, com quem manteve difícil e sempre ruim relacionamento. Coube a mãe de Strauss, Anna Streim, ensinar-lhe os primeiros acordes bem como, posteriormente, contratar professores para ensina-lo. Fascinado com a música, aos 19 anos o jovem Strauss reuniu uma pequena orquestra e foi tocar no famoso cassino Dommayer de Viena, obtendo grande sucesso tanto como regente como compositor. Daí em diante não parou mais de compor e apresentar-se. Com a morte do velho Strauss a regência da orquestra do pai passou a Strauss Jr., que, com perfeita visão comercial, dividiu-a em quatro partes e ocupou as melhores casas de dança de Viena, obtendo ainda mais sucesso e grandes lucros. Strauss não parou aí. Com os ganhos obtidos em Viena, formou outras orquestras e implantou-as em diversos lugares elegantes da Europa, criando uma grande rede de música, o que lhe rendeu fama e fortuna. Foi o criador da valsa sinfônica quando compôs "Acelerações" e dezenas de outras obras de grande aceitação popular, especialmente a conhecidíssima "No Belo Danúbio Azul". Em 3 de junho de 1899, aos 74 anos de idade, coberto de glórias, sucesso, rico e famoso, faleceu Johann Straus Junior, deixando uma obra imortal e que marcou de forma indelével a época da música clássica ligeira.

                                                 Edmundo Machado

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