sábado, 28 de janeiro de 2012

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O CARIOCA LACÉ


Na foto ao lado, o pintor Sidney Lacé, mais um mestre dos pincéis da cidade do Rio de Janeiro. Lacé teve o gosto pelo desenho e pela pintura se manifestando bem cedo. No primórdio de sua vida escolar já demonstrava a sua vocação. 

Próximo dessa fase recebeu aulas de um excelente pintor de nacionalidade chilena, Héctor Zablach, quando teve oportunidade de fazer alguns razoáveis trabalhos de criação e, outros, de reprodução. Foi um período curto, mas de vital importância no seu processo de apuração da sensibilidade pela pintura.


Embora artista nato, sua formação profissional foi na área jurídica, notadamente a que envolve o direito imobiliário, embora na alma mantivesse viva as ilusões das cores e dos pincéis, sempre pensando de um dia se dedicar à pintura, sua grande paixão. 


Pelas necessidades pessoais e familiares, não foi possível conciliar a atividade profissional com a arte. Este afastamento durou, aproximadamente, quinze anos, durante os quais, foram raríssimas as incursões na pintura. 



Sidney Lacé - coleção particular




Sidney Lacé - coleção particular


Nos idos de final de 1987 e início de l988, após uma inesperada enfermidade, que gerou uma internação hospitalar e apoiado pela esposa, resolveu deixar aflorar plenamente sua vocação artística. 

Como esteve afastado por muito tempo, procurou o Prof. Álvaro Xavier, grande pintor instalado na Ilha do Governador e dono do Atelier Flutuante, de quem pode absorver grandes ensinamentos e segredos da pintura. 

Ainda no Atelier Flutuante estreitou relações com os vários pintores, especialmente Mário Teixeira e João Barcelos (artista já destacado neste Blog em matéria de Julho/2011), sendo que com o último, mantém, até hoje, excelente relacionamento, e troca de aprendizado, e, por quem dedica grande admiração.




Sidney Lacé - coleção particular




Sidney Lacé - coleção particular



Na minha visão a pintura de Lacé também é um retrato pessoal do Rio de Janeiro, por vezes retratando uma beleza bucólica já perdida, como se parasse o tempo, retendo um lampejo fugaz de uma cidade que vai sendo atropelada pelo progresso. 

Vejo as cores das telas de Lacé como expressão de evolução cromática, que vai se sobrepondo até formar uma idéia que é, ao mesmo tempo, romântica-decorativa e atemporal, que pode ser “penetrada” pelo observador, integrando-o ao tema, deixando o observador de ser mero apreciador para ser participante invisível da obra.



Sidney Lacé - coleção particular




Sidney Lacé - coleção particular



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2 comentários:

  1. Sidney Lacé além de um grande mestre das artes é também uma pessoa que nunca deixou de dar atenção absoluta aos seus amigos e colegas,por isso seja tão querido entre todos... Sempre que estou no Rio de Janeiro,procuro ir ao encontro de artistas pintores ao ar livre,lá passo algumas horas participando com ele e vários colegas... Suas obras são belissímas e muito bem estruturadas ,resultado de um trabalho artistico muito honesto,pois ele vai ao campo e capta toda a energia e as cores daquele momento em que está pintando... Sidney sem dúvida é um grande MESTRE!!! Paulo Gomes (aquarelas)

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  2. Obrigado, grande pintor e amigo Paulo Gomes.
    Palavras como as suas e espaços como este, proporcionado pelo amigo Edmundo Machado, nos estimulam, a continuar.
    Mais uma vez, muito grato.
    S.Lacé

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